máquina de retratos

retratos tirados ao acaso. objectos que chamam a atenção. o olhar. um olhar. o meu. sobre o mundo. o retratado. o fictício. o inexistente. o que já foi. o que ficou no filme. o que ficou gravado. uma máquina. falível, como todas as máquinas. um olhar. subjectivo como qualquer olhar. um retrato. fixo e eterno. como qualquer retrato.

10.03.2005

imagens

domingo, 2 de outubro de 2005
17h - 02h


era o início de uma longa noite... o início.
ali, perto de casa, ainda havia uma frente de pinheiros intacta.



o barulho, que se assemelhava a tiros de espingarda constantes, dos pinheiros a arder fazia doer os ouvidos. o fumo era mais que muito. a intensidade das chamas aumentava ao sabor do vento.



e os pinheiros que sobravam e que nos mantinham distantes do fogo, pelo menos visualmente, cederam...



serão precisas palavras?



a noite deixou de ser escura...



e as labaredas subiam e ocupavam cada vez mais espaço. onde antes víamos o mar, agora... só o amarelo das chamas



ou o rosa...



ou o laranja...



das poucas vezes em que consegui sair da varanda para olhar à minha volta... e me deparei com um cenário indescritível.



e durante toda a noite (madrugada) o fogo continuou a consumir a floresta da serra da boa viagem.



(para quê mais palavras?)















(fotos minhas e do kit kat)